Publicado em 10/12/2013
Coopermota envia lagartas coletadas na região para análise na Unicamp
A coleta das amostras da praga foi parte de uma ação encabeçada pela Ocesp em busca de definição da espécie encontrada no estado
Mais de 40 lagartas foram encaminhadas pela Coopermota para o Centro de Biologia Molecular e Engenharia da Unicamp para análise de DNA. Os exemplares foram coletados em Cândido Mota e Palmital. O objetivo é atestar a espécie das lagartas encontradas na região, diferenciando-as quanto ao tipo Armigera e as demais espécies. A expectativa é que os resultados sejam divulgados em aproximadamente 10 dias.
A ação da Coopermota também foi realizada outras cooperativas do estado, vinculadas à Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (OCESP), a qual encabeça uma moblização estadual para a comprovação oficial sobre o tipo de lagarta que vem sendo encontrada nas lavouras paulistas. A entrega das pragas na tarde desta segunda-feira à Ocesp também foi realizada pela Coplacana, Cooperativa de Pedrinhas Paulista, Camda, entre outras.
Na última semana de novembro, uma amostragem de lagartas foi encaminhada pela Coopermota ao laboratório da Embrapa/Londrina. Naquela ocasião, os técnicos constataram que tratavam-se de lagartas do tipo Helicoverpa, porém, devido ao fato das pragas estarem parasitadas não foi possível definir se eram do tipo Armigera.
No final de novembro, o Instituto Biológico da Apta, divulgou reportagem alegando que 16 amostras analisadas pelo órgão estadual sobre a Helicoverpa teriam tido resultado negativo para a Armigera. Conforme dados do intituto, esse material analisado foi coletado nos municípios de Itapeva, Itaí, Paranapanema, Taquarituba e Pratânia.
Helicoverpa armigera
No ano passado, a região oeste da Bahia registrou severos prejuízos nas lavouras da região devido ao ataque da lagarta Helicoverpa armigera. Trata-se de uma praga exótica, até então inédita no Brasil e com poder de destruição bastante grande, já que ela consome não somente as partes vegetativas da planta como também os grãos e frutos.
Neste ano já foram detectadas Helicoverpas armigeras nos estados da Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Piauí e Mato Grosso do Sul. Entre estas unidades da federação, apenas Mato Grosso do Sul ainda não obteve o reconhecimento da situação de emergência fitossanitária por parte do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com este status reconhecido, são implantadas algumas medidas de controle à praga e facilitada a importação do produto à base de Benzoato de Emamectina, o qual não possui liberação de uso no Brasil, mas que teve sua utilização autorizada mediante algumas regras impostas pelo governo. O agrônomo Márcio Pecchio, destaca que, mesmo sem a definição sobre o tipo de lagarta existente na região, os técnicos da cooperativa continuam acompanhando as lavouras da região e orientando os produtores quanto aos procedimentos a serem tomados. A Helicoverpa é uma praga de difícil controle, o que exige atenção dos produtores e, não somente a aplicação de insumos, como também de um manejo integrado e consciente.