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Publicado em 05/12/2025
Nesta semana houve muita especulação a respeito das compras de soja dos EUA por parte da China, pagando mais caro em relação aos preços de mercado do momento. Contudo, conforme o consultor da StoneX, Fábio Cruz, nessa quinta-feira surgiu um boato de que a China pode usar os seus estoques estatais justamente para controlar o preço que vem pagando pela soja. Isso vai totalmente contra o acordo chinês estabelecido com os Estados Unidos, baseado na compra de 12 milhões de toneladas americanas. Apesar desta medida não ter sido assinada, está acontecendo de certa forma. Contudo, esta possibilidade de uso dos leilões vai contra essa expectativa do mercado. “O otimismo que o mercado teve, que fez as cotações subirem nos últimos dias, vem recebendo alguns baús de água fria. O primeiro ponto é que o leilão da China pode fazer com que ela importe menos soja no curto prazo. Já o segundo ponto é que do acordo, nada foi assinado. Era para se cumprir até o final de dezembro e agora já se fala até em fevereiro. Lembrando que em fevereiro o Brasil já tem soja colhida e sendo direcionada para os portos, bem mais competitiva do que a soja americana. Então tudo isso vem minando esse acordo.
Ele acrescenta que o câmbio vem caindo e Chicago vem devolvendo as altas. Os prêmios firmaram, mas o preço continuou como estava. E o que a gente vem escutando é que os compradores precisam da soja lá na China e eles estão com uma janela cada vez mais curta, pois precisam comprar soja. A China precisa esmagar em janeiro e eles começam a ter uma janela reduzida e o apetite chinês de compra da soja brasileira é para 2026.
Para o milho, a coordenadora de comercialização da Coopermota, Sônia Trovo, comenta que algumas empresas estão comprando estritamente o necessário. Segundo ela, o que vem mantendo os preços são os pequenos compradores que não têm como fazer estoque. Eles vêm para o mercado, compram pequenos lotes e pagam preços um pouquinho melhores. Contudo, ela salienta que é bom lembrar que as indústrias tendem a parar no dia 19, com férias coletivas, e retomam as atividades só no dia 5 de janeiro.
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