Publicado em 27/11/2013
Coopermota participa de dia de campo sobre controle de erva daninha
O evento foi promovido pela Monsanto e recebeu técnicos de diferentes empresas da região do Vale Paranapanema
Pelo menos 50 técnicos da região do Vale Paranapanema participaram no Dia de Campo, realizado pela Monsanto no sítio Donau, de propriedade de Jovino Totti, em Assis, na manhã desta quarta-feira. Quinze técnicos de Coopermota também estiveram presentes para buscar informações sobre o controle de ervas daninhas na soja e atualizar os conhecimentos sobre o assunto.
De acordo com o especialista em tecnologia e desenvolvimento da Monsanto, Marcelo Campello Montezuma, o objetivo da apresentação dos experimentos aos técnicos é mostrar a importância do manejo correto de plantas daninhas na soja, bem como os mecanismos de ação e uso de herbicidas diferenciados nas plantações visando obter os melhores resultados. Ele destaca que com boas práticas no trato das culturas, como a adoção de um plantio direto realizado criteriosamente, o uso de plantas de coberturas, entre outras medidas, trazem boas chances de um maior controle no que se refere ao aparecimento de ervas daninhas e benefícios às plantações.
Montezuma alerta que normalmente o produtor busca solucionar os problemas no momento do plantio, o que aumenta o custo e diminui a possibiliade da eficácia do manejo realizado. Porém, acrescenta que a orientação é para que seja realizado um controle das ervas daninhas, durante o ano agrícola de uma forma mais abrangente. Na decisão quanto a utilização de um determinado insumo, deve se considerar o histórico de aplicações que foram realizadas no decorrer do ano, para que os efeitos não sejam contrários ao desejado. Se houver um manejo errado de herbicida na safrinha, por exemplo, haverá resquícios disso também na soja. Tais práticas incorretas aumenta o risco do surgimento de plantas resistentes e de problemas ocasionados por resíduos no solo e outros. O especialista acrescenta que os técnicos terão de conhecer a fundo a biologia das plantas para uma boa orientação aos produtores, de forma a olhar as lavouras e seus aspectos de uma forma sistêmica e abrangente. Antes não se falava de roundup na soja, o que hoje já é considerado. “Se não adotarmos uma prática correta na aplicação de insumos teremos que voltar a manejos antigos como o uso de arados e outras máquinas hoje já não mais utilizadas. Isso pode inviabilizar a safrinha, acarretar perda de nutrientes do solo, erosões e outros problemas. Estamos buscando, portanto, um manejo sustentável”, diz.
Plantas resistentes
No que se refere à resistência de algumas ervas daninhas, o especialista comenta que o clima tropical do Brasil favorece o surgimento de algumas pragas de forma mais acentuada, em relação a outros países. O próprio produtor acaba levando uma praga de um lugar ao outro, seja por meio de veículos de trasporte ou por outras formas variadas de disseminação. “As pragas já estão mais ou menos homoginizadas. O Bicudo, por exemplo, antes não existia no Cerrado e hoje já ocorre na cultura do algodão dessa região. O Amargoso era do Mato Grosso do Sul, a Buva da Argentina e Rio Grande do Sul e hoje está por aqui”, comenta.
Dessa forma, enfatiza a necessidade da utilização de dosagens e tecnologias ideais para cada especificidade de solo, o momento certo de aplicação, bem como a condição do problema a ser exterminado, considerando o seu estágio de desenvolvimento, entre outros fatores.
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