Av. da Saudade, 85 - Cândido Mota/SP
A iniciativa levou subsídios para gestores e profissionais que têm contato direto com o produtor ou por operações de compra e venda
As influências nacionais e internacionais dos preços agrícolas, bem como as variações cambiais que interferem neste setor foram avaliadas durante curso de introdução aos fundamentos do mercado de soja e milho, direcionado a gestores e profissionais que atuam no setor de comercialização da Coopermota. A iniciativa teve o objetivo de apresentar o levantamento da conjuntura comercial dos grãos para oferecer subsídios aos integrantes desta área, pertencentes a diferentes unidades de atuação da cooperativa, responsáveis pelo contato direto com os produtores ou por operações de compra e venda.
Situações como a instabilidade de estoque dos grãos e da economia dos Estados Unidos, bem como a realidade de produção da soja na Argentina e América do Sul como um todo trazem reflexos diretos na composição do preço desta oleaginosa no país, tanto no que se refere aos preços praticados no mercado de grãos disponíveis como também no mercado futuro. Contudo, conforme afirma o consultor da INTLFC Stone, Vinícius Xavier, responsável pelas avaliações de mercado apresentadas no curso, as estimativas apontam para uma safra recorde em 2014, embora haja problemas pontuais no desenvolvimento da soja. Segundo ele, todas as regiões registram alguma adversidade porém os rendimentos apresentados de produção apontam para saldos positivos ao final da safra no ponto de vista macro da produção brasileira.
A previsão positiva de rentabilidade no campo é alicerçada por produtividades já registradas nas colheitas de soja de ciclo precoce nos estados de Mato Grosso e Paraná, por exemplo. Xavier destaca que normalmente a região matogrossense colhe uma média de 111 sacas por alqueire, porém, o montante já colhido naquele estado, equivalente a 2% do total, tem sido sido de 133 sacas por alqueire. Já no Paraná, o rendimento da colheita em andamento tem sido de 213 sacas por alqueire.
Dessa forma, o consultor estima um aumento de exportação de soja neste ano em detrimento ao milho, o qual teve melhor desempenho em exportações no ano passado, na comparação entre os dois produtos. Ele destaca que a soja de ciclo precoce que vem sendo colhida deve ser encaminhada, principalmente, ao comércio externo. Tais situações influenciarão no preço da soja, que passará a ter uma maior oferta de produtos no mercado.
Soja safrinha
Produtores de alguns estados como o Mato Grosso, acenam para a possibilidade de opção pelo plantio da soja de 2ª safra em detrimento do milho safrinha. Situação semelhante deve ocorrer no Paraná. Porém, o consultor Vinícius Xavier acredita que fatores como o incentivo à rotação de cultura, por exemplo, devem pesar na escolha do produtor e frear o avanço desta iniciativa. Ele estima que a soja safrinha não deve ser cultivada em grande extensão e irá abranger cerca de 100 mil hectares no Paraná e 500 mil hectares no Mato Grosso.