Acumulado dos últimos meses é 87,5% maior em Cândido Mota do que em Palmital
VOLUME DE CHUVA
A chuva do final do ano trouxe mais tranquilidade aos agricultores, embora ainda haja apreenção quanto aos danos que poderão ter sido causados à soja Um levantamento realizado pelos departamentos Técnico e de Comunicação da Coopermota, baseado nos dados disponibilizados pelo Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), evidencia uma distribuição bastante irregular de chuvas nos últimos dois meses no Vale Paranapanema. Precisamente no que se refere aos registros do volume acumulado nas áreas que envolvem Cândido Mota e Palmital, a quantidade de chuva acumulada neste primeiro município foi 87,5% superior em relação ao segundo. Enquanto que a estação de acompanhamento meteorológico registrou 211 milímetros no entorno de Cândido Mota, o volume acumulado na estação instalada nas proximidades de Palmital ficou em 112,5 milímetros. A região de Cândido Mota recebeu mais de 50 milímetros de chuva no dia 04 de novembro e, neste mesmo dia, as propriedades próximas a Palmital tiveram apenas 36 milímetros. Embora o intervalo de estiagem tenha sido semelhante nos dois municípios, com a mesma escassez hídrica em meados de novembro, a disparidade entre as regiões voltou a ser verificada no final do mês, quando Palmital registrou a metade do volume de precipitação de chuva em relação a Cândido Mota. A última chuva ocorrida no Vale Paranapanema, em novembro, foi no dia 26, com apenas cinco milímetros em Palmital, enquanto que, em Cândido Mota, foram 19,5. A partir do dia 23 de novembro, Palmital passou a registrar apenas rápidas pancadas de dois a cinco milímetros de chuva nos dias 25, 26 e 30. Já em Cândido Mota, a realidade se mostrava um pouco mais favorável ao agricultor, com chuvas de 22,5, 6,5 e 19,5 milímetros nos dias 23, 25 e 26, respectivamente. Dessa forma, o fechamento do mês de novembro já trazia um desequilíbrio hídrico entre as duas regiões. DEZEMBRO A situação se manteve no mês de dezembro. Cândido Mota já registrava quase 10 dias de estiagem, o que trazia preocupação aos agricultores do Vale. O quadro de atenção foi amenizado no início do mês, com a chuva do dia 06, quando foram registrados 25,5 milímetros. Outras precipitações de pequeno volume foram registradas no decorrer do mês, mas não passaram de dois milímetros. No total, até o dia 27, último dia de acompanhamento pluviométrico disponibilizado pela Ciiagro, foram 59,5 milímetros registrados em dezembro, na região de Cândido Mota. Já em Palmital, a situação de alerta se manteve, já que na chuva do dia 06, o volume não chegou a sete milímetros. Esta precipitação pluviométrica não alterou o quadro de escassez de reserva hídrica da região. Nas semanas seguintes, choveu rapidamente nos dias 08, 16 e 26, com volumes de 0,3, 0,3 e 9,7 milímetros, respectivamente, totalizando apenas 17,2 milímetros em todo o mês de dezembro. VOLUME EQUILIBRADO Somente no dia 26, logo após o Natal, este cenário crítico começou a mudar. A chuva de 30 milímetros na região de Cândido Mota começou a trazer mais tranquilidade aos agricultores, embora ainda haja apreensão quanto aos danos que poderão ter sido causados à soja. Em Palmital, a chuva só foi registrada com intensidade mais expressiva próxima à virada do ano. O ano começou com melhores estimativas dada a chuva que ocorreu de forma mais regular no vale Paranapanema entre os dias 01 e 02. A situação, no entanto, ainda é de avaliações quanto à realidade da produção de soja no Vale Paranapanema, com perspectivas de uma produtividade distinta entre as duas localidades, considerando a distribuição de chuvas registradas nos meses de novembro e dezembro. Contudo, a especificidade de cada cultivar utilizada na região também irá influenciar no resultado final desta safra.