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Soja pode ter quebra de produção caso estiagem se estenda por mais de 10 dias

23/12/2013

Soja pode ter quebra de produção caso estiagem se estenda por mais de 10 dias

  • SEM CHUVAS
  Após este período, as reservas hídricas estarão muito baixas para atender às necessidades de desenvolvimento das plantações
  A região do Vale Paranapanema registra um período de estiagem que se estende desde o dia 17, com pequenas pancadas esparsas em diferentes municípios nos dias que se seguiram. Contudo, nenhum registro foi suficiente, desde então, para alterar as reservas hídricas do solo da região. A situação pode se tornar preocupante, inclusive com possibilidade de quebra de produção, caso a estiagem se estenda por mais de 10 dias, tendo em vista que após este período as reservas hídricas estarão muito baixas para atender as necessidades de desenvolvimento das plantações.
  Em alguns municípios as lavouras já começam a apresentar os efeitos da estiagem no desenvolvimento da soja, já que não houve bom volume pluviométrico também no mês de novembro. Contudo, a agência Climatempo prevê a possibilidade de uma situação um pouco mais favorável ao agricultor, com chuva de aproximadamente 15 milímetros para a região entre a véspera e o dia do Natal. O volume, no entanto, ainda será baixo para atender a necessidade hídrica do solo.
  O agrônomo da Coopermota, José Roberto Gonçales Massud, explica que o bom desenvolvimento da soja em situações de estiagem está atrelado aos fatores de qualidade nutricional do solo, tolerância do cultivar à situações adversas, bem como ao período em que o plantio foi realizado. Massud destaca que os técnicos trabalham para indicar ao agricultor a melhor cultivar para cada situação, de acordo com a sua adaptação para o solo e o clima da região, envolvendo, nesta análise, os três fatores já citados.
  A região do Vale Paranapanema possui cerca de 130 mil hectares cultivados com soja, tendo dois cultivares mais comumente utilizados pelos agricultores, sendo eles o BMX Potência e o Vmax. Ambos apresentam adaptação em relação ao clima e solo regional já comprovadas no decorrer das safras anteriores. Dessa forma, a orientação é para que haja uma diversificação entre os cultivares de acordo com a realidade de cada propriedade, porém, se mantenha também a utilização destes exemplares já adaptados, para que não haja surpresas devido à mudanças climáticas não esperadas.

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