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Abrasem lança campanha sobre manejo de milho Bt

30/07/2013

Abrasem lança campanha sobre manejo de milho Bt

  • ABRASEM

A Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) iniciou uma campanha nacional de conscientização “Manejo Integrado da Tecnologia Bt”. O objetivo é orientar os produtores sobre as boas práticas de manejo da resistência de insetos nas lavouras de milho Bt, o milho geneticamente modificado e resistente a pragas, que possibilita a racionalização do uso de defensivos, bem como proteger o potencial de rendimento das plantações.

O consultor José Magid Waquil, PHD em entomologia, falou sobre a importância do manejo da resistência de insetos para evitar o processo de seleção de insetos-praga resistentes às toxinas produzidas pelas plantas geneticamente modificadas e preservar a eficiência e o potencial da tecnologia Bt, o que evitaria muitos prejuízos.

Coordenada pela Associação Paulista dos Produtores de Sementes (APPS), a campanha é resultado de um grupo de trabalho da Abrasem. Participam técnicos das empresas produtoras de sementes. Além das palestras, que acontecerão durante o semestre nas principais cidades produtoras nos Estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, o programa tem anúncios nos veículos de comunicação especializados no setor e há distribuição de material explicativo. Outra importante ferramenta é o site do projeto, que pode ser acessado no endereço www.boaspraticasogm.com.br e que traz todas as informações necessárias para o produtor, incluindo dados técnicos, além de artigos e a programação de palestras.

O milho Bt é obtido por meio da transformação genética de plantas de milho com genes da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), fazendo com que a planta produza proteínas tóxicas para algumas espécies de insetos. A tecnologia, criada em 1997 nos Estados Unidos, espalhou-se rapidamente pela sua eficiência e, há pouco mais de cinco anos, é utilizada no Brasil, representando atualmente cerca de 80% das sementes de milho comercializadas no país. Mesmo com a produção contínua das toxinas ao longo do ciclo, as plantas Bt podem não controlar todas as pragas existentes, pois na população destas podem existir indivíduos naturalmente resistentes. Daí a importância do manejo da resistência de insetos (MRI).

Segundo José Américo Pierre Rodrigues, superintendente executivo da Abrasem, investindo simultaneamente no plantio de refúgio (plantio de áreas de milho não Bt adjacentes à plantação de milho Bt) e em outras práticas, como a dessecação antecipada seguida de inseticida, controle de plantas daninhas, tratamento de sementes, monitoramento seguido de inseticida e rotação de culturas, o produtor conseguirá garantir a longevidade da tecnologia.


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