A madrugada do último dia de junho foi a mais fria do ano e trouxe geada de forte intensidade a todo o oeste do estado de São Paulo, além da maioria das cidades das regiões Sul, tendo ainda extensão parcial ao Centro-Oeste do País. Com a iminência de prejuízos que devam ser causados pela intempérie climática, os produtores que contrataram o seguro rural já realizam as notificações de sinistro às seguradoras, com o objetivo de reduzir as perdas com quedas de produtividade.

    Muitos produtores foram surpreendidos, na manhã desta quarta-feira, com a paisagem de suas propriedades coberta de gelo, o que foi verificado em pastagens, palhadas de cana e lavouras de milho, entre outros.  Esta variação climática pôde ser observada em toda área de abrangência da Coopermota, porém os danos nas lavouras ainda devem ser avaliados com o passar dos dias, já que os danos variam conforme a fase de desenvolvimento do milho.

    O risco de perdas com geadas atinge diretamente os agricultores da região na cultura do milho de segunda safra, tendo em vista a iminente queda de produtividade, ocasionada pelas baixas temperaturas, principalmente em regiões de baixada. Nestes casos, somente aqueles que estão com a sua produtividade assegurada possuem melhores condições de manutenção dos investimentos, já que a cobertura das seguradoras evita que as perdas sejam de grandes proporções. Mesmo com a geada desta semana, muitos cooperados da Coopermota terão garantida uma produtividade razoável. Em algumas regiões de abrangência da cooperativa, a quantidade de cooperados que haviam contrataram o seguro rural chega a 80%. Para estes, dificilmente haverá perdas expressivas por qualquer intempérie climática.

     A coordenadora do setor de seguro rural da Coopermota, Tatiana Duarte, comenta que o produtor tem um prazo determinado para fazer a notificação à seguradora em situações de geada, como a ocorrida na madrugada desta quarta-feira. “Os produtores estão nos procurando para comunicar o sinistro da geada. Essa medida é necessária para que possam receber pelo sinistro ocorrido em suas propriedades, caso as perdas sejam compatíveis com as previsões do contrato firmado. Mesmo que o produtor já tenha comunicado no início do plantio um sinistro por conta da seca, é preciso abrir uma nova notificação, desta vez, devido à geada”, explica. A coordenadora destaca que o setor de seguro rural passa por dificuldades devido às mudanças nas políticas públicas ligadas ao seguro rural, no entanto, enfatiza que o cooperado sabe da importância de se reduzir os riscos iminentes nas lavouras, principalmente nas culturas de inverno. “Com certeza, o seguro fará a diferença nos resultados dos produtores desta segunda safra de milho. As lavouras de milho já passavam por condições bastante adversas devido à longa estiagem registrada por meses e agora a geada deve compor o leque de fatores que provavelmente afetarão a produtividade desta safra”, conclui.