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Brasil é o país onde mais cai raios no mundo

26/11/2013

Brasil é o país onde mais cai raios no mundo

  • SIPAT 2013 - COOPERMOTA
O tema foi abordado em palestra da Sipat 2013 da Coopermota, realizada nesta terça-feira

  Cerca de 130 pessoas morrem por descargas elétricas provocadas por raios no Brasil, país onde mais cai raios do mundo. Tal concentração se deve à grande extensão territorial brasileira, bem como a especificidade do solo, onde ele é mais úmido do que os demais, na maioria de suas localidades. Estas e outras informações foram apresentadas na manhã dessa terça-feira, no auditório da sede da Coopermota, durante a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat-2013) da cooperativa.
  Na ocasião, os colaboradores da matriz se reuniram para a orientação sobre o tema, em palestra intitulada “Riscos elétricos – raios e eletricidade”, conduzida pelo engenheiro eletricista, Ulisses Borges. Segundo ele, o número de mortes poderia ser reduzido drasticamente se as pessoas tivessem mais informação sobre como se portar em dias de chuva em que há a incidência de raios.
  Borges explica que ao atingir o solo, a descarga elétrica se dissipa em ondas de eletricidade, a exemplo do que ocorre quando se lança uma pedra no rio. Caso uma pessoa, ao caminhar, toque duas dessas ondas com suas pernas, ela permite que o circuito de dissipação da descarga seja fechado, permitindo a circulação da corrente pelo seu corpo, situação conhecida como “tensão de passo”. Dessa forma, o engenheiro eletricista destaca que não é correta a orientação para que se deite ao chão em tempos de tempestade, já que a junção das ondas de descarga será mais facilmente realizada.
  Ainda no que se refere a raios, ele lembra que há cerca de quatro anos, houve um caso em Assis, em que um raio atingiu uma casa e circulou pela residência estourando todos os pontos de ligação elétrica existente, o que demonstra a tendência do raio em circular pela corrente fechada ao atingir qualquer meio condutor. Dada a dissipação das descargas do raio, a orientação é para que as pessoas se afastem de janelas, mastros, árvores e outras massas que possam atrair a eletricidade, tendo em vista que o campo magnético criado na descarga vai se dissipando e se acoplando nestes meios condutores. Dependendo da intensidade da descarga, condição do solo e outros fatores, não é improvável que esta onda se estenda por mais de 200 metros ao atingir o solo e viajar em círculos.
  Além de abordagens sobre os raios, a palestra também trouxe dados sobre cuidados com instalações elétricas nas residências para evitar acidentes de forma variadas. As palestras da Sipat se estendem até o final da semana. Nesta quarta-feira, o tema a ser discutido será a ergonomia, cuidados com a postura e exercícios repetitivos para evitar danos à saúde.



 

 


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