CampoCooper em Bernardino atrai centenas de produtores em dia de jogo do Brasil
A região iniciou a colheita neste final de junho e as áreas colhidas apresentam produtividades satisfatórias; a tendência é de queda de produção junto às lavouras mais tardias
Centenas de produtores das regiões de Santa Cruz do Rio Pardo e Piraju participaram da quarta edição do CampoCooper realizado pela Coopermota no município de Bernardino de Campos. Um total de 19 empresas fornecedoras de insumos comercializados pela cooperativa apresentaram o comportamento dos seus materiais frente à longa estiagem registrada em grande parte do estado de São Paulo entre o final de abril e início de maio. Embora o evento normalmente seja realizado no período da tarde, o horário foi alterado em decorrência do jogo do Brasil contra a Sérvia, o qual assegurou a presença da seleção brasileira nas oitavas de final da Copa do Mundo.
Entre os híbridos cultivados pelas empresas parceiras da Coopermota na área de demonstração do CampoCooper, dois deles trouxeram resultados bastante positivos frente à situação de estresse hídrico vivido pelas plantas de milho nesta segunda safra e prometem produtividades satisfatórias para os próximos dias.
A região de Bernardino de Campos possui solo misto, o que exige maior potencial de resistência dos híbridos diante de situações atípicas como a vivida neste ano durante esta safra de inverno. O gestor da Unidade de Negócios da Coopermota de Piraju, Juliano Plens, explica que a área de demonstração do CampoCooper possui um solo bastante rico em material orgânico e fósforo, tendo em vista que a cultura anterior aos cultivos para os eventos realizado pela cooperativa no local era o café. Desta forma, a qualidade do solo é considerada boa para as safras perenes de soja e milho. “Aqui em nossa região, as áreas comerciais tiveram requeima em algumas regiões em que o solo estava mais fraco, tendo sido realizada uma aplicação de fungicida e uma de cobertura na maioria das lavouras, assim como nós fizemos aqui no campo de demonstração. Trazemos bem a realidade que o produtor encontra no seu cotidiano regional para que ele possa avaliar, de fato, os materiais cultivados”, comenta.
Plens explica que diante da longa estiagem registrada nesta segunda safra, as plantas de milho ficaram com o colmo fragilizado. “Qualquer planta tem seu metabolismo preparado para perpetuar a sua espécie e trabalha para isso. Quando houve a condição de seca, que ocorreu no mesmo período em que o milho estava em fase de formação de grãos, a planta liberou toda a energia do seu colmo para sustentar a espiga. Nestes casos, se há ventos ou chuvas fortes há um risco maior de queda das plantações, embora aqui não tenha tido tantas situações de milho caído”, comenta.
A região de Bernardino de Campos iniciou a colheita neste final de junho. Conforme dados obtidos junto às primeiras áreas colhidas até então, o resultado de produtividade estava satisfatório, superior às 200 sacas. “São lavouras que foram plantadas em fevereiro. Estas plantações estão com qualidade boa. Mas ainda não sabemos como serão as próximas. A tendência é que haja quebras e haja queda de qualidade dos grãos”, estima.