Logos períodos de estiagem, ventos fortes que resultaram em quebra de colmos e acamamento de plantações fizeram parte da realidade dos produtores da região nesta safra de inverno. Diante de tais intempéries, é no campo que se avaliam as circunstâncias do milho que enfrentou todas essas variáveis até o final de seu ciclo. Com esta concepção, cerca de 250 produtores estiveram no CampoCooper realizado neste mês de junho em Campos Novos Paulista, pela Coopermota.

    O gestor da Unidade de Negócios da Coopermota de Campos Novos Paulista, Elquiner de Oliveira, destaca que em safras cultivadas em ambientes climáticos difíceis, o desempenho dos materiais é colocado à prova. “Entre os cerca de 16 híbridos que cultivamos e acompanhamos o desenvolvimento, pelo menos 30% deles apresentaram um resultado acima do que esperávamos no que se refere à resistência ou tolerância à longa estiagem e às rajadas de vento que presenciamos”, diz. Ele acrescenta que em momentos de seca como foi verificado nesta segunda safra, a incidência de lagarta é muito mais frequente em detrimento aos fungos causadores de doenças, estes disseminados em períodos de chuva. Neste sentido, também foram avaliados os químicos e suas aplicações nos resultados de controle junto ao desempenho dos materiais.

    Embora haja análises de alguns produtores que se animam com as cotações atuais da cultura, Oliveira lamenta que na região de Campos Novos Paulista os danos devam ser bastante abrangentes. Dessa forma, avalia que mesmo com bons preços pegos pelo saco de 60 quilos do milho, os prejuízos serão consideráveis.

 

    Ainda que a presença de mulheres ocorra nos eventos de campo realizado pela cooperativa, ainda são os homens que são maioria nestas iniciativas de difusão técnica. Contudo, neste CampoCooper de Campos Novos Paulista, quase 50 mulheres ocuparam as tendas organizadas para o evento. Isso porque a organização preparou um espaço específico para que as mulheres também se sentissem acolhidas. Por meio de parceria com a Mary Kay/Ourinhos, foram realizadas maquiagens em todas as mulheres que tinham interesse na produção visual. A medida foi aprovada pelas entrevistadas. “As mulheres fazem parte do dia a dia agrícola da nossa região e normalmente não fazemos eventos pensando especificamente nelas. A resposta que tivemos das mulheres para este espaço foi muito boa e pretendemos aprimorar esta iniciativa”, afirma o gestor da unidade.

   Maria Helena Balbino Palharina, agricultora de Campos Novos Paulista, conta que embora não trabalhe diretamente na lavoura, já acompanhava o marido em dias de campo que a cooperativa realizava, mas desta vez nem saiu do espaço que tinha preparado para elas. “Ficamos apaixonadas por esta iniciativa”, exclamou.

Da mesma forma, Edna Moraes e Kátia Maria Tabaquin, ambas atuantes no setor de saúde mas com alguma proximidade com agricultores, contam que aceitaram o convite de estar no espaço e se animaram com o que viram. “Esta é a segunda vez que venho em eventos de vocês e todas as vezes que estive fui muito bem acolhida. Vocês são muito acolhedores e simpáticos”, enfatiza Edna Moraes.

   Para a diretora de vendas da Mary Kay, Liliani Leite, que levou três consultores para realizar as maquiagens no evento, o espaço foi muito interessante. “As mulheres se sentiram importantes. A maioria das mulheres que maquiamos costuma apenas utilizar o básico e aqui se empolgaram com os resultados”, avalia.