Av. da Saudade, 85 - Cândido Mota/SP

Dia de campo promove ganho técnico e social em Teodoro Sampaio

22/02/2017

Dia de campo promove ganho técnico e social em Teodoro Sampaio

  • ITESP & COOPERMOTA
Os agricultores foram estimulados ao plantio de sorgo e milho para a produção de silagem, utilizada como complementação alimentar
 
     Um grupo de produtores rurais integrantes do assentamento Padre Josino, em Teodoro Sampaio, participou do dia de campo sobre produção de silagem para a nutrição pecuária, a partir da utilização do milho e do sorgo. Os agricultores foram estimulados ao trabalho coletivo em uma área de cultivo comunitário do assentamento em um período de cinco meses, entre a semeadura e a colheita dos materiais. Os resultados obtidos foram avaliados positivamente pelos produtores, tendo em vista os ganhos técnicos conquistados por meio do uso de materiais de melhor qualidade e manejo adequado, como também sociais, a partir da união dos assentados em torno de objetivos comuns.
    O evento foi organizado pelo Instituto de Terras do Estado São Paulo (Itesp), em parceria com a Coopermota e as empresas KWS e TimacAgro. O investimento inicial para o cultivo da área foi realizado pelo grupo de produtores que se uniram para viabilizar a aplicação das propostas apresentadas pelo Itesp e a Coopermota, em parceria com as empresas multinacionais. No entanto, a medida foi apresentada ao Itesp e os agricultores ressarcidos.
    No espaço comunitário, os agricultores normalmente cultivam produtos como mandioca, cana, feijão e outros e, de acordo com o gestor da Unidade de Negócios da Coopermota de Teodoro Sampaio, Ivair Mariano da Silva, os produtores não conheciam a cultura do sorgo. “A silagem é um recurso importante para o pecuarista recorrer e se precaver em casos de estiagem. O sorgo é uma cultura aliada ao produtor rural em situações mais adversas do ponto de vista climático”, afirma.
    Silva comenta que durante o dia de campo os agricultores foram instruídos sobre a importância da análise de solo, até então não adotada por eles. A partir dos resultados apresentados, foram realizadas as ações de calagem, aplicação de esterco de galinha para auxílio na adubação do solo, fosfatagem, plantio dos híbridos específicos para a produção de massa para silagem e a adubação de cobertura. “Com os resultados que obtivemos, os agricultores perceberam que se eles seguirem as orientações obtidas nas análises eles terão ganhos expressivos de produtividade”, afirma.
    Segundo o gestor, os ganhos de produtividade foram facilmente percebidos no comparativo entre a média de produção antes obtida pelos agricultores do assentamento e o resultado apresentado no dia de campo. Ele comenta que normalmente a média de milho colhido por eles era entre 10 e 15 toneladas por hectare e com as instruções apresentadas por meio deste ensaio técnico a produção chegou a 40 toneladas por hectare.
 
     Palestras de instrução
    Além das demonstrações de campo do milho misturado ao sorgo para a silagem, os produtores rurais foram instruídos sobre as particularidades de cada processo, com a apresentação de quatro abordagens relacionadas ao tema da “Produção de sorgo e milho para silagem – alternativas de alimento para o gado”, sob condução do agrônomo do Itesp, Edney Carrijo. “A participação da Coopermota nesta iniciativa foi muito importante, pois muitas vezes o Estado não consegue as parcerias intermediadas pela cooperativa, as quais viabilizaram os plantios e os tratamentos que realizamos neste período”, avalia.
    Carrijo explica que além da novidade do sorgo, até então desconhecido por parte dos produtores, eles também adquiriram conhecimento sobre o sistema de armazenamento da silagem em trincheiras, realizadas em silos escavados no chão. No assentamento é comum a prática de uso do silo de superfície, apenas. “Com o silo escavado a variação de temperatura no interior da massa é menor, o que favorece a multiplicação das bactérias anaeróbicas que atuam na finalização da silagem”, afirma.
    O agrônomo acrescenta que o uso do sorgo traz vantagens aos produtores que realizam cultivos em solos arenosos como é o caso da região de Teodoro Sampaio, tendo em vista a sua menor exigência hídrica em relação ao milho. “É uma segurança que o produtor tem, caso ocorra o estresse hídrico em sua área de cultivo”, diz.
    No assentamento Padre Josino, cada produtor possui uma média de 30 cabeças de gado do tipo leiteiro. Cerca de 20% destes animais está em período de lactação, para os quais será destinada a silagem como complementação alimentar.

 


Top