Av. da Saudade, 85 - Cândido Mota/SP
Os resultados sugerem que os produtores utilizem mais de um cultivar em suas áreas de plantio para reduzir riscos de doenças
A Coopermota e mais quatro instituições, entre cooperativas, faculdades, fundações e prefeituras, integram a pesquisa de Avaliação Regional de Cultivares de Milho Safrinha no Estado de São Paulo, desenvolvida pelo IAC e publicada na última semana. O estudo serve como um apoio técnico aos produtores de diferentes regiões e tem o objetivo de avaliar a produtividade e as especificidades dos cultivares no milho safrinha oferecidos por diferentes empresas. O documento auxilia os produtores e técnicos no momento da escolha do híbrido ou espécie convencional a ser cultivado, considerando a sazonalidade prevista para o ano em questão e os resultados da pesquisa quanto à caracterização dos ambientes de cultivo, os parâmetros agronômicos e a incidência de doenças foliares.
No total, 14 empresas produtoras de sementes tiveram seus cultivares analisados. Os experimentos foram instalados nas regiões do Vale Paranapamena, Norte e Noroeste do estado de São Paulo. Foram 21 campos de pesquisa montados na região do Vale Paranapamena, 11 deles com cultivares convencionais e dez transgênicos, distribuídos nas cidades de Cândido Mota, Palmital, Maracaí, Campos Novos Paulista, Cruzália, Iepê, Ibirarema e Pedrinhas Paulista, tendo alguns deles com análises conjuntas regionais.
O coordenador do Polo Regional do IAC/APTAde Assis, Ricardo Kanthack, destaca que a pesquisa é um importante instrumento a ser utilizado pelos técnicos, tanto da Coopermota, como de outros instituições, para a ideal orientação aos produtores. Ele cita, por exemplo, um dos quadros de comparação estatística disponibilizada pela pesquisa, em que seis ensaios do Vale Paranapanema foram analisados, sem a aplicação de fungicida. Nesta análise, 39 cultivares foram analisados, com um índice de diferença mínima estatística (DMS) obtido entre eles de 713 quilos por hectare. Neste quadro demonstrativo, a maior produtividade registrada foi de 7.764 quilos por hectare. Contudo, entre pelo menos sete cultivares, os índices estatísticos apontam uma média equivalente de produtividade. Kanthack explica que estes dados demonstram que o produtor não precisa cultivar uma só variedade de milho safrinha em uma determinada safra, mas sim utilizar dois ou três cultivares. Com isso, ameniza-se o risco de doenças e pragas, tendo em vista que os cultivares possuem características distintas em relação à resistência da planta sobre estas interferências de produtividade.