Coopermota adere à campanha de adoção do refúgio em sojas Intactas
PRESERVAR A TECNOLOGIA
Foi lançada na última sexta-feira, na Unidade de Negócios de Palmital, a campanha que será realizada pela Coopermota e a Monsanto, para o incentivo à adoção do refúgio nos plantios de soja da região. A campanha traz informações aos produtores sobre a importância do refúgio nas lavouras cultivadas com sementes Intacta. O objetivo é evitar a perda da tecnologia devido ao seu mau uso no campo. Uma pesquisa será aplicada pelos agrônomos da cooperativa para traçar um panorama de intenção dos agricultores em relação ao fazer o refúgio.
Um grupo de produtores foi sensibilizado pelo representante de Campo – Intacta RR2 PRO, Lucas Geraldini, em Palmital. Ele explica que todos os agrônomos e profissionais técnicos da cooperativa já foram orientados sobre o desenvolvimento da campanha. Inicialmente, uma pesquisa de intenção de refúgio vem sendo aplicada junto aos produtores, porém a campanha segue com uma série de atividades. Na ocasião, Geraldini comentou sobre a especificidade do refúgio na soja, em relação ao milho, explicando que no caso da soja não é possível fazer o refúgio reservando apenas linhas de plantio na plantadeira com a semente não Bt. O refúgio na soja precisa ser feito em 20% do talhão a ser cultivado, não podendo ser considerada a área do vizinho.
A adoção do refúgio visa manter uma população de insetos e pragas que não tenham sido expostos à proteína do inseticida presente nas sementes geneticamente modificadas. Esses insetos e pragas suscetíveis à tecnologia, ao cruzarem com insetos que tenham a proteína em seu organismo, podem multiplicar a suscetibilidade e manter a eficiência da soja Intacta por mais tempo.
Pesquisadores do setor, no entanto, ressaltam que a semente não Bt a ser utilizada no refúgio devem ser cultivadas no mesmo dia que o cultivar transgênico, tendo o mesmo ciclo de desenvolvimento, fenologias e características o mais próximo possível.