Novas regras do licenciamento ambiental e manejo com espécies nativas estão entre os assuntos
No próximo dia 28 de novembro, sexta-feira, a Estância Turística de Avaré recebe a terceira edição do Ciclo de Palestras sobre Aquicultura, evento realizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI – que visa disseminar conhecimentos técnicos e científicos sobre a criação sustentável de peixes na Bacia Hidrográfica do Médio e Alto Rio Paranapanema.
Destaca-se que a bacia do Rio Paranapanema tem condições ideais de clima e qualidade de água para o desenvolvimento da aquicultura, especialmente, a piscicultura em tanques-rede em águas públicas da União. A represa Jurumirim já é utilizada para o cultivo de peixes, fato que pode aumentar a renda, trabalho e melhorar a vida de pequenos piscicultores, pescadores artesanais, produtores rurais e agricultores familiares, suas associações e cooperativas.
Apesar da criação de peixes nos reservatórios de hidrelétricas ser uma atividade relativamente nova na bacia, vem crescendo gradativamente por conta do aumento do consumo de peixes e de sua boa perspectiva econômica, em comparação a outras atividades do agronegócio. O cultivo de peixes em tanques-rede, além de ter viabilidade econômica, pode favorecer o desenvolvimento do turismo de pesca esportiva na região, pois os peixes nativos ficam próximos aos empreendimentos por conta do arraçoamento dos peixes cultivados.
Para ter sucesso no empreendimento, os produtores têm que ter projeto técnico autorizado junto ao Ministério da Pesca e Aquicultura do Brasil (MPA) e obter o licenciamento ambiental da atividade junto à CETESB. Além disso, o piscicultor deve adotar os protocolos das Boas Práticas Agropecuárias (BPAs), recomendado pela CATI, melhorando a qualidade do pescado produzido, os resultados zootécnicos e a preservação dos recursos hídricos e o meio ambiente.