14/11/2014
Numerosa população de piolhos de cobra preocupa sojicultor
Uma população bastante numerosa de piolho de cobra vem sendo verificada em lavoura de soja da região da Água do Pica-pau, em Cândido Mota. A praga come tanto a semente como também a planta, que está em início de desenvolvimento. Uma série de manejos alternativos já foram adotados pelo agricultor porém, pelo menos até o fechamento desta reportagem, ainda não houve uma solução para o caso.
O agricultor João Mário Alves, comenta que fez o mesmo tratamento industrial de sementes que adotou no ano passado, à base de Thiametoxan, mas avalia que neste ano as pragas não estão sendo afetadas pelo agrotóxico. Ele destaca que a área não tinha histórico de ataques de piolhos de cobra, mas neste ano se assustou com a quantidade da praga que encontrou na sua propriedade.
O produtor afirma que há mais de 20 piolhos de cobra a cada metro de linha. Alves fez pelo menos duas aplicações de inseticidas após ter detectado o problema em sua lavoura, mas teme que a solução seja o replantio da soja. A primeira aplicação de químico regente foi realizada durante o dia, porém os técnicos da empresa responsável pelo tratamento da semente orientaram que o piolho de cobra tem hábitos noturnos, sendo necessária a aplicação do defensivo durante à noite, para atacar a praga quando esta estiver fora da terra. “Na propriedade do lado, que fez um pré preparo do solo, os piolhos que vemos estão mortos ou morrendo, o que não está acontecendo na minha área. De manhazinha a gente vê um punhado deles na terra”, comenta.
Embora a incidência do piolho de cobra em alta população tenha sido comprovada no sítio da Água do Pica Pau, trata-se de um caso isolado. Nas demais situações a infestação da praga está controlada.