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A praga já foi detectada em quatro estados do Paraguai e, no Brasil, apareceu com mais intensiddade em municípios do Mato Grosso e Goiás
O aparecimento da lagarta Helicoverpa armigera na última safra na região Centro-Oeste do país desperta um alerta aos produtores para a safra verão 2013/2014. Após a detecção do ataque desta praga nos estados de Mato Grosso e Goiás, as análises técnicas sobre as lagartas que restaram nas lavouras da região sugerem a possibilidade de que a praga possa ter alcançado o Médio Vale Paranapanema. Contudo, ainda não há nenhum exame clínico que ateste a presença da Helicoverpa em propriedades localizadas nas proximidades.
A capacidade de destruição das plantações por parte da Helicoverpa é grande, tendo em vista que a lagarta já entra na soja em sua fase adulta, tendo se desenvolvido no mato restante da safra anterior. O agrônomo Rômulo Sussel Decleva, explica que a maior parte da infestação desta praga ocorre em casos de dessecação tardia, mais próxima ao plantio. Nestas situações, a lagarta se mantém viva, simplesmente se transferindo para as lavouras em início de desenvolvimento. A soja cultivada no início de outubro está com aproximadamente 15 cm de altura no Médio Vale Paranapanema.
A orientação aos produtores é que haja o acompanhamento sistemático das lavouras para que os insumos de controle da praga sejam aplicados no momento correto. “Mesmo tendo realizado a dessecação há pouco tempo, o produtor precisa estar atento à sua lavoura para que ele possa fazer a opção de uso dos insumos com mais cautela e precisão”, afirma o agrônomo José Roberto Massud.
Com o aparecimento da Helicoverpa, os gastos com inseticidas devem ser maiores neste ano, de acordo com estimativa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP (Cepea). Em algumas regiões, os produtores têm aumentado e antecipado a aplicação de inseticidas.
Helicoverpa no Paraguai
Além dos estados do centro-oeste brasileiro, a lagarta Helicoverpa já foi detectada em quatro estados do Paraguai, compreendidos por Canindyú, Itapúa, Alto Paraná e San Pedro. A constatação da praga nestas regiões foi anunciada nesta segunda-feira, dia 21, pelo Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Vegetal e de Sementes (Senave) daquele país. Especula-se que a praga tenha chegado ao país vizinho através da fronteira territorial que faz com o Brasil.
Fotos: Gyorgy Csoka (página interna) Afonso (capa)