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A região do Médio Paranapanema produziu cerca de 10 toneladas de milho por hectare na safra atual. A produtividade é a maior em 20 anos de pesquisa, afirma o pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, Aíldson Pereira Duarte. Nesta sexta-feira, 17, houve uma Reunião Técnica sobre Cultura do Milho na região. O evento aconteceu em Assis-SP. Foram apresentados os principais resultados do Programa de Pesquisa de Milho e Sorgo obtidos na safra de verão 2012/13.
O pesquisador do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, informa que avaliou as cultivares de milho para conhecer quais híbridos são mais produtivos em cada região paulista. “As pesquisas buscam atender o mercado de grãos, destinados, na sua maioria, para ração animal. Além disso, tem sido feito o monitoramento da ocorrência das doenças foliares, permitindo a caracterização dos principais patógenos por região e alertas sobre novos problemas”, explicou Duarte.
Atualmente, são cultivados no Brasil cerca de oito milhões de hectares de milho safrinha, que é praticamente a mesma área de milho verão. Em duas décadas, a produtividade do milho safrinha quase dobrou no Estado de São Paulo, sendo produzidas, em 2012, cinco toneladas/h.
A região do Médio Paranapanema é importante produtora de soja no verão e de milho safrinha no outono-inverno. “O cultivo do milho no verão ocupa uma pequena área, menos de 10 mil/h, mas é importante na rotação de culturas”, afirma o pesquisador do IAC.
Outro ponto discutido no evento: a grande presença de híbridos
transgênicos nas lavouras. “Aproximadamente 90% dos híbridos de milho
empregados são transgênicos. As cultivares convencionais são destinados aos nichos de mercado, tais como de milho verde e silagem, onde as instituições públicas de pesquisa têm maior participação, como é o caso do híbrido IAC 8390”, comentou Duarte.
O Programa de Pesquisa de Milho e Sorgo busca atender o mercado de grãos, a maior parte dessa produção é destinada para a ração animal. Além do IAC, participam da iniciativa a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em parceria com as Cooperativas regionais e empresas privadas.