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Milho de segunda safra tem boas perspectivas de produção no Vale

09/05/2014

Milho de segunda safra tem boas perspectivas de produção no Vale

  • PREVISÃO
O desempenho da cultura ainda não está definido, porém os agrônomos da Coopermota citam a possibilidade de bons rendimentos
 
A safra de inverno da região está na fase de conclusão do período reprodutivo, despertando expectativas de boa produtividade entre os produtores. Caso essa realidade de conclusão de safra seja atingida, a economia regional deve ser incrementada, tendo em vista as características rurais dos municípios desta localidade. A estimativa é que seja obtida a recuperação do capital de investimento, que sofreu reveses na última safra de soja.
As possibilidades de produção satisfatória das lavouras do milho de segunda safra no Vale Paranapanema têm sido apresentadas como uma realidade entre muitos agricultores. A maioria das propriedades do Vale foi cultivada entre 20 fevereiro e 10 de março e deve ser finalizada entre o final de julho e começo de agosto. Conforme explica o engenheiro agrônomo da Coopermota, José Roberto Gonçales Massud, o milho tem sido beneficiado com chuvas regulares e abrangentes em todo o Vale, desde o início de seu desenvolvimento, com um balanço hídrico satisfatório, pelo menos até o momento, aliado a um clima equilibrado. Com isso, espera-se que a cultura atinja o seu teto produtivo, avaliado entre quatro a cinco mil quilos de grãos por hectare, equivalente a cerca de 220 sacas por alqueire. Porém, ainda é preciso que o clima continue favorável à cultura para que esse patamar de produtividade seja alcançado.
Além disso, Massud avalia que o controle de pragas está excelente. “Tivemos uma dificuldade inicial com o percevejo barriga-verde, mas isso foi controlado prontamente”, diz. Ele explica que, nestes casos, o produtor deve fazer as aplicações de inseticidas de forma rápida e segura porque a ação deste percevejo é severa e as consequências do ataque do inseto acabam sendo percebidas somente nas fases seguintes do desenvolvimento do milho. Em alguns casos, a perda pode chegar a 100 % da produtividade.
Quanto aos cuidados com ataques de pragas e doenças, o professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Césio Humberto de Brito, especialista na cultura do milho, dá ênfase à importância da manutenção da área foliar das plantas do milho para que a boa produtividade seja alcançada. Ele destaca que o ideal é que o produtor tente manter ao máximo a qualidade do folharal para que possa ter bons resultados a partir dos manejos aplicados no decorrer do desenvolvimento das plantas. Segundo ele, os tratos ligados a esta iniciativa melhoraram muito nos últimos anos, mas ainda há muito o que aprimorar. Para o controle de doenças, cita a necessidade do uso de fungicidas adotados sob recomendação do corpo técnico de assistência rural da Coopermota para a definição do momento e quantidade adequada, tanto no que se refere à eficiência do produto, quanto na indicação de viabilidade econômica.
Brito acrescenta que o tratamento de sementes protege a planta, porém por um período curto, daí a necessidade da adoção de defensivos complementares, os quais podem também contribuir na fisiologia do milho. “Não existe uma regra para a definição de aplicações necessárias para a lavoura, por isso é preciso acompanhar o desenvolvimento do milho e seguir as recomendações técnicas”, diz.

 


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