Bataglia destaca que o interesse do grupo em buscar informações no Brasil para os projetos que serão implantados em Angola está ligado à proximidade da África e do Brasil no que se refere à temperatura e ao clima. Isso porque, embora já desenvolvam trabalhos neste segmento em Portugal, a realidade climática do país europeu é bastante distinta do local onde serão realizados os programas em fase de implantação, tendo em vista que o país se localiza em maior latitude, com temperaturas bastante baixas e distintas em relação à África. A proposta é estabelecer ações de cooperação entre os três países para a transferência de conhecimento e de tecnologia. Na visita à Coopermota, os pesquisadores analisaram a ração comercializada pela cooperativa e suas peculiaridades de produção para diferentes fases da criação de peixes. A Coopermota Peixes é uma das rações produzidas pela cooperativa, que também possui outros produtos de dieta alimentar destinada a aves, bovinos de corte e leite, ovinos e suínos. Somente entre as rações para peixe, são produzidas 380 toneladas por mês, as quais são comercializadas em todo o Vale Paranapanema, além de municípios das regiões centroeste paulista e Pontal do Paranapanema.

Os projetos a serem implantados em Angola terão duas vertentes de atuação, abrangendo experiências no sistema de viveiro escavado e de tanque-redes. De acordo com Ayroza, a delegação brasileira estará na África no começo de maio para a definição das áreas em que os projetos serão implantados e das espécies que serão utilizadas. A Tilápia já foi definida como uma das espécies do programa, tendo o Bagre Africano, natural daquela área, como uma possível segunda espécie a ser utilizada nas ações em Angola.

Os pesquisadores visitaram pisciculturas e diversas outras iniciativas do sistema de criação e produção de peixes, na tarde de segunda-feira . Além de Cândido Mota, a delegação também esteve em Palmital e seguirá, nesta terça-feira, para Xavantes e Fartura. As visitas se encerram na próxima semana.