21/03/2014
Dia de campo aborda controle químico do capim-amargoso
Entre os pós-emergentes, sobressaíram os produtos à base de Cletodim e Haloxyfop; entre os pré-emergentes, os melhores resultados foram obtidos com produtos à base de Sulfrentazone
Uma propriedade em situação crítica de disseminação do capim-amargoso foi utilizada pela pesquisadora dr. Dana Katia Meschede, da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista, (Esapp), para a exemplicação de aplicações de diferentes produtos para o controle químico desta erva-daninha. A iniciativa foi realizada na Água do Jacu, em Cândido Mota, na manhã de sexta-feira, dia 21, envolvendo pelo menos 15 técnicos da Coopermota e integrantes de outras empresas da região, a partir de iniciativa da Milenia.
Foram apresentados 17 diferentes tratamentos com produtos pré-emergentes e 25 pós-emergentes, tendo a exposição concomitante de áreas em que não houve a utilização dos produtos para que os técnicos pudessem fazer a análise comparativa em relação à ação dos produtos, tanto em relação ao campim quanto à soja. Todos os experimentos foram realizados sob supervisão de Dana Maschede.
Os resultados oficiais dos tratamentos serão reunidos em documento de orientação formal dos produtos da Milenia utilizados naquela área. Conforme avaliação de Maschede, nos tratamentos de pós-emergentes, sobressaíram os produtos baseados nas moléculas de Cletodim e Haloxyfop. Já entre os pré-emergentes, os melhores resultados foram obtidos nos tratamentos em que foram utilizados os produtos com moléculas de Sulfrentazone. Ela destaca que são moléculas que vêm sendo utilizadas há alguns anos e ainda apresentam ações importantes no controle químico das erva-daninhas. Contudo, destaca que, na realidade, o controle não se resume simplesmente à escolha dos produtos, mas sim, na adoção de manejos adequados à realidade de cada lavoura. A iniciativa de apresentar resultados a partir de uso dos produtos químicos com bons resultados visa contribuir com informações para que os produtores não recorram a métodos não indicados e drásticos para a eliminação desta erva-daninha, como o abandono do plantio direto para o convencional, por exemplo.
Maschede acrescenta que não existe uma receita pronta sobre qual é o método indicado para o controle do capim-amargoso de uma maneira generalizada, mas sim algumas alternativas para que se faça essa ação conforme as orientações técnicas pertinentes a cada realidade. Além do controle químico, cita também o controle mecânico, entre outros.
